domingo, 6 de novembro de 2016

homenagem aos 75 anos do Fusca

Qual a direção certa do meu Fusca ?

O VOLANTE DE DIREÇÃO É UM COMPONENTE EMBLEMÁTICO ALÉM DE INDICAR A ÉPOCA DE FABRICAÇÃO DE CADA ANO/VERSÃO, ELE TAMBÉM MARCA OS DETALHES IMPORTANTES NO PROCESSO DE EVOLUÇÃO DO CARRO DURANTE SEU PERÍODO DE PRODUÇÃO. COM O FUSCA NÃO FOI DIFERENTE. DESDE OS PRIMEIROS PROTÓTIPOS, NA DÉCADA DE 1930. ATÉ AS ÚLTIMAS UNIDADES DO "ITAMAR" NO BRASIL EM 1996. O VOLANTE DE DIREÇÃO DESTACA DETALHES IMPORTANTES NA HISTÓRIA DO BESOURO.



1938 a 1948 - o primeiro volante do Fusca. ou melhor. do KDF-Wagen. era preto e tinha: três raios cilíndricos de metal unidos ao cubo que ostentava o botão da buzina tal como ocorria com a maioria dos automóveis na década de 1930.


1949 a 1955 - De 1949 até a primeira série de 1955, o volante do fusca passou a ter apenas dois raios, do meio para baixo. Apresentam um desenho “canelado''. A peça chamada popularmente denominada "asa de morcego" pode apresentar diferentes tonalidades, sempre puxando para a cor marrom. Nos primeiros anos. o miolo da buzina era mais claro e liso, Depois passou a ser preto e a ostentar o brasão de Wolfsburg.


1949 a 1951 - Este modelo. popularmente chamado de "banjo" ou "violino", equipava a versão conversível fabricada pela Hebmüller. O aro e o cubo metálico são unidos por três raios cada, um deles com quatro hastes de metal daí os "apelidos". Por cima dessa estrutura é fixado o aro da buzina com três raios e diâmetro menor que o do volante. No centro do cubo o pequeno botão plástico da buzina ostenta o símbolo da cidade de Wolfsburg.




1955 a 1959 – A partir da segunda série de 1955 até a primeira série de 1959, quando o besouro foi nacionalizado, o volante manteve o desenho de dois raios, porém os aros foram deslocados para baixo em relação ao dos aros ficou menor e em maior número. Na foto acima, é possível observar este volante com um aro metálico de buzina, acessório vendido na época.

1959 a 1962 – Por três anos a Volkswagen ofereceu ao Sedan acabamento monocromático, que incluía botões de painel e também volante nas cores Verde Berilo, Azul Pastel e Turquesa.




1965 e 1966 – Em 1965, foi lançado o “Pé de Boi”, o mais espartano de todos os fuscas brasileiros. A versão vinha com o mesmo volante dos demais modelos, mais tinha uma diferença básica: seu aro de buzina não era cromado, mas sim pintado, da mesma forma como outros detalhes dessa versão: aros dos faróis, calotas, maçanetas e frisos das lanternas traseiras.

1959 a 1970 - Lançado a partir da segunda série de 1959, o volante conhecido como “cálice” é talvez o mais famoso na trajetória do Fusca. A peça, que podia variar do branco pérola até tons acizentados, esteve em linha até a primeira série de 1970. A maior novidade era o aro de buzina cromado. A peça. em forma de meia lua. também veio com o detalhe que simbolizava o processo de nacionalização do besouro. É o medalhão acrílico central, que em vez do símbolo de Wolfsburg, recebeu o brasão da cidade de São Bernardo do Campo, apresentando a conhecida imagem do bandeirante e do índio em conjunto com a frase no latim: "Paulistarum Terra Mater". que significa "terra mãe dos paulistas"


1970 a 1973 - A partir da segunda série de 1970, volante modelo "cálice" do Fusca passou a ser fabricado com plástico preto. Vale Iembrar que, diferente do que muitos pensam. este volante não é idêntico ao usado nas linhas Karmann-Ghia, VW 1600, Variant e TL, que tinham raios levemente curvados para baixo.

1974 a 1980 - O volante do besouro passou pela mais imporlante reestilização. Embora mantendo o mesmo diâmetro, a peça recebeu uma grande haste central de plástico que também aciona a buzina. Este modelo ficou conhecido como "bumerangue" e era inspirado ao utilizado no Passat, lançado no Brasil também em 1974. A cor padrão era o preto, mas também houve versões monocromáticas, com volante marrom.


SUPER- FUSCÃOEm 1974, a Volkswagen lançou a versão 1600-S. também chamada de "Bizorrão” que recebeu volante esportivo da então tradicional marca Walrod. A peça, toda em preto, tinha diâmetro menor e três raios apresentando furos triangulares.

SÉRIES ESPECIAIS


Em 1980, foi lançado o Fusca Série Prata, que se destaca por diversos detalhes externos e internos pintados nesta cor. O modelo também recebeu volante diferenciado, semelhante ao do Passat com aro espumado e botão central de grandes proporções. que aciona a buzina. Já em 1984, a VW apresentou o Série Love, que tinha volante do Gol, com aro espumado (foto).


1981 a 1986 - Neste período. o Fusca passou a ser equipado com volante igual ao do Gol. que tinha diâmetro de 38 cm, menor que o antecessor "bumerangue". A peça se destaca pelos dois raios em forma de "V" invertido, além do botão da buzina que podia trazer tanto o lobo de Wolfsburg como o símbolo da VW.

1993 a 1996 - Com o retorno da produção do Fusca "ltamar", o besouro continuou a utilizar os volantes da linha Gol. Acima, modelos de 1993 (acima) e 1996, (abaixo).





RESTAURAÇÃOOs volantes que equiparam as diversas gerações do Fusca, obedecendo aos padrões de qualidade definidos na Alemanha, eram feitos com material de boa qualidade; por isso, dificilmente necessitam de restauração. Fica fácil chegar a essa conclusão quando se compara o volante do Volkswagen com os de outros automóveis fabricados na mesma época principalmente o do Simca Chambord, modelo luxuoso e caro na década de 60, mas que era feito com matérias-primas de qualidade duvidosa. Com o passar do tempo, o aro plástico do volante simplesmente "des¬manchava”, ficando apenas o metal. No caso do besouro, o máximo que ocorre é o amarelamento devido à ação dos raios solares. Isso, somado a uma possível variação de cor em alguns lotes, dá a impressão de que nem todos são brancos, apresentando nuances que vão do cinza ao bege claro. Também existe o risco do surgimento de pequenas trincas no aro, que aumentam com o tempo até deixar um segmento da "alma" metálica à mostra. Neste caso, pode-se fazer um reparo com massa tipo Durepoxi, que pode ser moldada a frio e depois pintada com tinta automotiva. O aro cromado, quando começa a “pipocar" (reação química que faz bolhas brotarem do Zamak e estourarem o cromo), deve ser cromado novamente, para evitar o aumento das falhas, o que pode condenar a peça. A tampa acrílica, riscada ou fosca, pode ser polida com massa de polir n°. 2, até ficar com a super¬fície lisa, para depois ganhar brilho com cera automotiva de boa qualidade. Além disso, pedaços de plástico quebrados da tampa podem ser colados com adesivo tipo Super Bonder. As hastes dos volantes mais modernos, tipo "bumerangue", também podem ser coladas com este produto. Se estiverem opacos, independente de sua cor, podem ser pintados com tinta automotiva, do mesmo modo que ocorre com os de cor marrom. A recomendação só se aplica a peças de plástico duro, e se estende ao pequeno filete prateado, que pode ser revitalizado com spray tipo Colorgin. Mas não use este produto em superfícies grandes, pois o excesso de solvente causa danos ao plástico. Nos volantes acolchoados, a possibilidade de reparos é bem menor. No caso do botão de buzina estar em bom estado, mas o aro tiver perdido pedaços de borracha ou tiver se soltado da "alma" metálica, ainda é possível fazer um reparo. Para unir o material sintético ao aço, coloque a cola em uma seringa de vidro, atravesse com a agulha a borracha e aperte o embolo até atingir o metal. A operação tem de ser feita rapidamente, pois com toda certeza a cola entupirá a agulha. Após realizar a operação, aperte com as mãos a borracha contra o aro e espere alguns segundos para que a cola faça efeito. Se o aro perdeu pedaços de borracha, estes podem ser aproveitados de volantes velhos ou mesmo completados com massa de calafetar. Contudo, para dar um bom acabamento, será necessário encapar o aro com couro ou curvim.

Fonte: Fusca & Cia
Colaboração: Mansueto Magalhães